Protestos no feriado da Bastilha


O presidente francês Nicolas Sarkozy defendeu nesta terça-feira que o país concentre seus gastos militares em armas de alta tecnologia e nos serviços de espionagem. A frase foi dita durante as comemorações do Dia da Bastilha, feriado na França. A data também foi marcada por protestos. Jovens franceses queimaram 317 veículos na periferia de grandes cidades como Paris, Lille e Lyon, na madrugada de segunda para terça. Pelo menos 13 policiais ficaram feridos ao tentar conter os manifestantes.

Somente na periferia parisiense foram queimados 215 veículos. No interior do país, 28 foram queimados em Lille e 27 em Lyon. No total, 240 pessoas foram detidas durante a noite. A situação ficou mais tensa na cidade de Montreuil, subúrbio de Paris, onde centenas de manifestantes enfrentaram a polícia para protestar contra a violência das forças de segurança.

Para a cerimônia deste ano, Sarkozy tem como convidados tem os líderes da Índia e da Alemanha. A França celebra o aprofundamento das relações com a Índia e o deslocamento de soldados alemães em solo francês como parte do retorno de Paris à estrutura de comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O líder francês e sua mulher, Carla Bruni, cumprimentaram crianças feridas em guerras no exterior e levadas à França para tratamento.

É comum que no feriado de 14 de julho sejam incendiados veículos nos subúrbios pobres da França. O ato é um sinal de protesto contra a situação social dos moradores dessas áreas, onde vivem principalmente imigrantes. Nessas regiões, os índices de desemprego podem atingir 40%. Neste ano, em razão da crise econômica, o sentimento de insatisfação contra o governo tende a ser ainda maior. Nos últimos dias, confrontos entre jovens e a polícia vêm ocorrendo em cidades da periferia.

Fonte: France-Press

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