A Alvorada foi risonha,
Ergueste-te com o dia.
Eu fiz, naquela alvorada,
Uma alegre profecia.
Inda radiava fulgente
Vénus, a saudosa estrela,
Já tu ornavas as tranças
E cantavas à janela.
E dos laranjais vizinhos
Os rouxinóis acordados
Respondiam-te com trinos
Da tua voz namorados.
Dos virentes jasmineiros,
Que a primavera enflorava,
Vinha cheio de perfumes
O vento que te beijava.
Quem dissera então ao ver-te
Nessa risonha alvorada,
Que à noite, estrela cadente,
Serias inanimada?
Vale a pena?
Há 11 anos
0 Response to "A Vida"
Enviar um comentário